SAF - Tradição corre risco?

 


Uma das coisas que mais fazem com que o torcedor comercialino fique com o pé atrás, em relação à constituição de uma SAF está relacionada a tradição do Leão. Será que a SAF, após constituída poderia mudar o Comercial de Ribeirão Preto? Será que mudariam nosso escudo? Deixaríamos de ser alvinegros? Deixaríamos de ser conhecidos como o Leão do Norte? 

Estas perguntas são de grande importância, porque temos em nosso símbolos e em nossa tradição a nossa identidade, como agremiação esportiva. 

A primeira pergunta pode ser respondida pela própria lei da SAF aprovada no Brasil. O clube que transforma-se em SAF não pode mudar de cidade por conta disso. Nem que o investidor queira isso não poderia ocorrer. Sobre as demais perguntas, além de ter a certeza por parte dos conselheiros de que a proibição de mudança deverá constar em contrato, também obtivemos a informação que o investidor tem interesse na história do clube e naquilo que o Comercial representa. Assim, uma das suas maiores motivações em investir no Comercial se deve justamente a sua tradição, sua torcida e cidade.

Caso Vilafranquense 

Muitos comercialinos ficaram com o pé atrás com o investidor a partir do momento em que tiveram a informação de que o braço desportivo do clube em Portugal mudou a sua sede da cidade de Vila Franca de Xira, próxima a Lisboa, para a cidade de Vila das Aves, próxima de Porto. 

Primeira coisa a ser destacada é que as leis dos países são diferentes. A SAD, o homônimo da SAF de Portugal, não prevê que o clube ao qual se associa a uma SAF tenha um percentual mínimo, como é aqui no Brasil. Além disso, em Portugal, a vaga é da empresa e não dá agremiação. Diante disso o investidor já tinha um contrato com o Vilafranquense de muitos anos, tendo sucesso desportivo e conquistando acessos. Porém havia um sério problema: O estádio do Cevadeiro


Após a aquisição da SAD do Vilafranquense por 1,8 milhão de euros, foi firmado um acordo com a prefeitura da cidade para a construção de um novo estádio. O Estádio do Cevadeiro, com capacidade apenas para 2500 pessoas, não tinha condições para receber jogos profissionais, o que fazia com que a equipe tivesse que jogar em outro estádio, a 50 km do município, o que tornava-se inviável a continuidade do projeto na cidade. A saída foi em comum acordo, e o investidor ainda financiará a equipe local por 5 anos. 
Assim abriu-se a possibilidade para a SAD mudar-se para a cidade de Vila das Aves, cujo clube local foram punido por má gestão financeira e rebaixado para as divisões inferiores.
Assim o Vilafranquense se tornou AVS SAD, uma nova equipe, como estádio arrendado por 10 anos. Foi feita no Estádio das Aves uma ampla reforma e adequação, além da construção de um centro de treinamento, para que o clube pudesse disputar a segunda divisão do Campeonato português, onde hoje se encontra na vice liderança.


Aliás o trabalho feito pelo investidor ao longo dos anos no futebol português mostra a seriedade do grupo, sendo um parceiro interessante para o Comercial. O próprio parceiro viu, no decorrer da sua experiência no futebol, o quão importante é um clube que possui o seu próprio estádio e a sua própria torcida e tradição. Seria muito mais fácil começar do zero um clube no país, ou assumir um clube da Bezinha. Mas tradição não se compra, se conquista. É isso nosso querido Leão do Norte tem.

Conheça um pouco mais do processo de mudança do Vilafranquense para Aves clicando aqui.

Anuncie na NetBafo (16)988097361

Comentários

Veja também

Primeiros jogadores deixam o Leão

Fim do sonho

Tira-teima para a vaga